quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mudar para permanecer

Uma nova luz sobre a terra de ninguém. Foto: Alessandro Bracht

Hora de mudar, mas sem abandonar a razão de ser do Futebol na terra de ninguém. Afinal, apesar do grande prazer e dos resultados satisfatórios das coberturas futebolísticas presentes nesse blog, a missão demanda um tempo que muitas vezes não disponho. Assistir ao jogo e sacar fotos, escrever o texto, montar as imagens... Tarefa para horas. Prova disso é que durante agosto e setembro, nada foi feito. E blogueiro que se apresenta como tal está sempre lá, deixando novos posts a mercê da opinião pública.
Vá lá que poucos acessam meus escritos, mas também não me dispus a divulgá-los mais intensamente justamente porque a renovação do mesmo andou complicada – misto de falta de tempo com certa dose de preguiça quando tempo havia, aliado ao fato de que alguns disponibilizadores de transmissões via web resolveram que era hora de ganhar dinheiro com o produto de seus furtos e muitos dos jogos escolhidos não puderam ser vistos. Pagar para ladrões encerra com a ética primordial um dia propalada por esses quebradores de sinal, ou seja, do roubar dos ricos para dar aos pobres (mais sobre esse tema em uma próxima postagem).
Assim que, sem deixar de lado a tradicional cobertura de jogos quase invisíveis mundo afora, farei do Futebol na terra de ninguém um espaço para textos que, claro, versarão sobre o futebol, suas estranhezas, tristezas e mazelas, mas sem a obrigatória presença do jogo em si. Pois o futebol vai muito além do que acontece em campo ou nas arquibancadas (sim, elas ainda existem), quem o conhece minimamente sabe disso. E se não chegou ainda ao ponto de identificar mais claramente suas relações com universos paralelos como a política, o capital e as causas particulares, ainda há tempo para aqueles que o desejam. Quem sabe eu não dou uma pequena ajuda?

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